sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Faster than a speeding bullet, more powerful than a locomotive, able to leap tall buildings in single bound...



O Maior de Todos

Há leitores que desdenham do Superman, mas é sempre bom lembrar que o gênero de super-heróis só existe porque ele foi criado. Confira nesta matéria a evolução do Homem de Aço nos quadrinhos

Por Fabio Alexandre Rocha Marques


A história do Superman, o primeiro e maior super-herói do mundo, começou bem antes de 1938, quando surgiu nas páginas de Action Comics 1. Fruto da imaginação de dois adolescentes judeus de Cleveland, o escritor Jerry Siegel e o artista Joe Shuster, ele foi criado em 1933 e teve um processo de desenvolvimento complicado e demorado.

Ainda no colegial, os autores publicavam um fanzine de contos de ficção científica chamado Science Fiction que era mimeografado e distribuído para os leitores pelo correio. No terceiro número, em janeiro de 1933, Siegel escreveu o conto The Reign of the Super-Man, sob o pseudônimo de Herbert S. Fine, ilustrado por Shuster. A história futurista lembrava 1984, de George Orwell, e era sobre um vilão careca com poderes mentais sobre-humanos que dominava uma cidade.

Inspirado até certo ponto pelos textos do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, Siegel era fascinado pelo conceito de um ser com habilidades fantásticas. Ao final do mesmo ano, com a ajuda de seu amigo Shuster, o roteirista transpôs o personagem para a mídia que estava tomando os corações e mentes dos jovens norte-americanos: as histórias em quadrinhos.

Para isso, desenvolveram uma nova versão. O vilão careca foi abolido, pois Siegel e Shuster sabiam que não teria apelo suficiente. Então, bolaram uma HQ completa com um herói de cabelos negros e força sobre-humana: The Superman. Empolgados, levaram a criação para um editor, que recusou o trabalho na hora! Segundo ele, apesar do óbvio talento de ambos, o personagem era fantástico demais para ter sucesso.

Revoltado, Shuster destruiu toda a revista. Sobrou apenas a capa. Mesmo assim, ele e seu parceiro acreditavam que o personagem eventualmente poderia vingar. Dessa forma, partiram para uma outra reformulação e uma nova mídia: as tiras de jornais.

A versão final do Superman surgiu numa noite de 1934, quando Siegel, febril, acordou no meio da madrugada com novas idéias tão fantásticas e que surgiam em sua mente tão rapidamente, que ele não conseguia voltar para a cama. Então, ele escreveu material suficiente para várias semanas em tiras de jornais e as levou para Shuster, que no mesmo dia as desenhou. 24 horas depois estava tudo pronto. Faltava “apenas” convencer alguém a publicar.

Agora, o Superman era um ser de outro planeta. Siegel foi um dos primeiros a criar um alienígena benevolente. Outra característica distinta dessa nova versão foi uso de uma identidade secreta. Tímidos, porém criativos, os autores eram o estereótipo do fã de ficção científica: imaginavam que mesmo atrás de uma aparência pacata, poderiam ter habilidades e poderes maravilhosos. Por isso criaram Clark Kent, um tranqüilo repórter de jornal cujo nome homenageava dois astros de Hollywood, Clark Gable e Kent Taylor.

Ao desenhar um personagem tão espetacular, Shuster imaginou que as roupas usadas por acrobatas circenses, coladas ao corpo e com uma sunga sobre as calças, seriam futuristas e definiriam bem o corpo superdesenvolvido. Com a intenção de fazer o herói “pular” para fora das páginas dos jornais, o desenhista usou as cores primárias da impressão colorida (vermelho, azul, preto e amarelo) e acrescentou uma capa para expressar movimento e velocidade.

Nos meses e anos seguintes à sua criação, o Superman foi apresentado a praticamente todos os editores de jornais e syndicates dos Estados Unidos, e foi sempre recusado. Apesar disso, Shuster e Siegel conseguiram empregos para criar histórias em quadrinhos para uma editora de revistas, a National Comics (atual DC Comics).

Certo dia, em 1938, as tiras do Superman estavam sobre a mesa de Sheldon Mayer, editor do McClure Syndicate, empresa que distribuía tiras para vários jornais norte-americanos, que estava tentando convencer seu chefe Max Charles Gaines a publicar a criação de Shuster e Siegel em algum periódico. Então, Jack Liebowitz, dono da National telefonou para Gaines em busca de novos personagens para uma nova revista chamada Action Comics.

M.C. Gaines enviou as páginas do Superman para Vin Sullivan, editor da National, que achou o personagem diferente e resolveu lhe dar uma chance. As tiras totalizaram 13 páginas e foram publicadas na edição de estréia da Action Comics.

O sucesso foi estrondoso. Os 200 mil exemplares de tiragem se esgotaram nas bancas e milhares cartas de leitores chegaram aos escritórios da National. Os distribuidores ficaram sedentos por novas revistas. Rapidamente, os editores perceberam que tinham algo grande nas mãos e pagaram a mísera quantia de 130 dólares pela primeira história e pelos direitos do Superman. Siegel e Shuster aceitaram em troca de um contrato de trabalho e exclusividade por dez anos.

Após sete edições, a revista que deveria trazer HQs de ação com vários personagens passou a ser só do Superman. Logo, todas as editoras de quadrinhos dos EUA miraram no novo gênero. Nos anos seguintes, dezenas de seres superpoderosos pintaram nas bancas. A Fawcett Comics bolou o Capitão Marvel em 1940; e a própria National, para ampliar os negócios, encomendou ao artista Bob Kane um outro herói. E surgiu o Batman, com a ajuda do escritor Bill Finger.

O Superman ainda não era o personagem de hoje. Ele não voava, apenas dava saltos enormes sobre os prédios de Metrópolis, baseada na cidade do clássico mudo de Fritz Lang. Também não era um campeão do politicamente correto – em muitas das primeiras histórias, tratava os vilões de forma irresponsável e perigosa. Vários terminavam machucados e praticamente aleijados! Para Siegel e Shuster, era uma punição justa pelos crimes cometidos.

Apesar de o herói nunca ter matado ninguém nessa época, a editora decidiu que ele deveria ter uma conduta mais condizente com seus poderes incríveis. Para tal, escalou Whitney Ellsworth como editor do personagem. Siegel e Shuster foram proibidos de produzir histórias em que o Superman fizesse uso excessivo de sua força.

Nessa época, o herói ainda não tinha visões de raios-X ou de calor. Esses poderes só surgiram com a série de rádio que ganhou em 1940, na Mutual Network. Dos coadjuvantes conhecidos atualmente, apenas Lois Lane apareceu desde a primeira Action Comics. Ela e Clark trabalhavam no jornal metropolitano Daily Star para o editor George Taylor.

Jimmy Olsen, Perry White e o Planeta Diário também seriam criados nos episódios de dez minutos da série radiofônica. Até a kryptonita, fragmento do planeta Krypton que explodiu, utilizado de forma ostensiva na atual série Smallville, foi apenas um artifício usado pelos escritores do rádio para dar uma semana de folga ao ator Bud Collyer, que fazia a voz do Superman. Assim, após ser afetado pelo minério alienígena, o herói ficou sete dias sofrendo e gemendo para os ouvintes – tudo feito por outra pessoa, enquanto o astro principal curtia seu merecido descanso.


Siegel e Shuster indignados

Apesar de avessos a tantas alterações no seu personagem original, Siegel e Shuster acabaram adotando algumas idéias criadas no rádio ou na série animada criada pelos Estúdios Fleischer veiculada nos cinemas em 1941.

Durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto o Superman aparecia lutando contra nazistas e japoneses nas capas das revistas (isso não aconteceu nas histórias), Siegel e Shuster foram chamados para servir a pátria. Durante esse período, a National escalou outros escritores e artistas (destaque para Wayne Boring) para fazerem as aventuras.

Assim, sem o aval dos seus criadores, em janeiro de 1945, a editora publicou na revista More Fun Comics 101, uma história sobre a juventude do Clark Kent e o surgimento do personagem conhecido como Superboy. Ao voltarem do front, Siegel e Shuster ficaram enfurecidos com a liberdade tomada pela National e a processaram.

Eles ganharam a lide e embolsaram dez mil dólares, além de receberem um pedido de desculpa. Mas permitiram que a editora continuasse a publicar histórias com o Superboy. Na concepção original de ambos, Clark Kent só teria decidido se tornar o Superman quando seus pais adotivos faleceram, ou seja, já adulto.

Em 1948, aproveitando o fim do contrato de exclusividade e ressentida, a National demitiu Siegel e Shuster e montou uma equipe chefiada por Whitney Ellsworth para criar novas histórias do Homem de Aço. Três anos depois, Ellsworth foi substituído por Mort Weisinger, para que pudesse desenvolver o Superman para a TV.

Fã inveterado de ficção científica, Weisinger é responsável pelas principais inovações no personagem desde sua criação. Praticamente sozinho, criou as várias cores da kryptonita (em várias cores), a Supergirl (prima do Superman vinda de Krypton), Krypto, o Supercão, os vilões de Krypton, a zona fantasma, a Fortaleza da Solidão e Metallo, além de transformar Lex Luthor no maior inimigo do herói.

Nesse período, o Superman desenvolve novas habilidades e sua gama de superpoderes cresce de modo incrível. No final dos anos 50, passa a ter visões telescópica, microscópica e infravermelha, supersopro e – pasme! – superventriloquismo! Sua velocidade também aumenta absurdamente: além de quebrar a barreira do som, ele poderia ir mais rápido que a luz e até quebrar a barreira do tempo! Surgem ainda outros sobreviventes de Krypton, como toda a cidade de Kandor, miniaturizada pelo andróide Brainiac.

Logo, os fãs da personagem começaram a questionar: “Se tanta gente sobreviveu à explosão, como Jor-El e Lara, os pais do Superman, não conseguiram?” Essas inconsistências podiam passar despercebidas ao leitor casual, mas não para os que acompanhavam todas as revistas. Assim, as vendas começam a cair.


A primeira reformulação

Para resolver o problema da queda de vendas, a National colocou o editor Julius Schwartz para substituir Mort Weisinger, que estava se aposentando. Em 1956, Schwartz revolucionara os quadrinhos da editora ao desenvolver o conceito de Terras Paralelas para corrigir certos problemas da cronologia dos personagens. Assim, ele respondia a perguntas do tipo: “Se Clark Kent se tornou o Superman apenas adulto, na década de 30, como pode ter sido o Superboy antes disso, como foi mostrado nas HQs dos anos 40 e 50?”

A explicação era “simples”: o Superman de 1938 era uma versão do herói da Terra-2; e o corrente era o da Terra-1. Isso provocou novas histórias imaginárias, como a Terra-3, onde todos os heróis eram vilões e o único combatente do mal era Lex Luthor. Nos anos 60, ao criar a Liga da Justiça juntando todos os grandes personagens em um único título, Schwartz recuperou as vendas da editora.

Logo que tomou posse, em 1971, Schwartz trouxe o escritor Denny O’Neil, que tinha remodelado a Mulher Maravilha em 1968, para reformular o Superman. Para o editor, as vendas estavam em queda porque o personagem era poderoso demais e nada podia vencê-lo.

Então, na nova versão do herói, apresentada em Superman 233, o Homem de Aço teve seus poderes cortados pela metade por uma explosão nuclear que também transformou todas as kryptonitas do planeta em ferro. Além disso, Denny O’Neil e seus companheiros, Cary Bates e Elliot S! Maggin escreveram histórias com um pano de fundo mais social e utópico, em que o Superman deixava de ser salvador do mundo para se tornar um exemplo para os humanos.

Mas outras mudanças estavam a caminho. Em 1985, ao completar 50 anos, a DC Comics decidiu fazer uma limpeza na casa e corrigir todos os problemas de cronologia que as várias Terras trouxeram. Após tanto tempo, o universo de seus personagens tinha se tornado um emaranhado de histórias imaginárias, e muitos leitores achavam as histórias da editora eram confusas demais. Ou seja, era impossível pegar o bonde andando.

Por isso, o escritor Marv Wolfman e o artista George Pérez desenvolveram a minissérie de doze partes Crise nas Infinitas Terras, na qual o cósmico Anti-Monitor passa a destruir todas as Terras existentes. Os super-heróis e vilões das várias realidades se juntam para salvar o multiverso e, no fim, vários morrem e só uma Terra sobrevive.

Assim, tudo que aconteceu nos 50 anos anteriores foi jogado fora e todos os personagens foram reformulados.

Para a última história do Superman antes da “recauchutagem”, Schwartz convocou o britânico Alan Moore e o desenhista Curt Swan. Na trama imaginária (e não são todas?) Whatever Happened to the Man of Tomorrow? (O que aconteceu ao Homem do Amanhã?), o roteirista narra o que aconteceria se o Homem de Aço tivesse de enfrentar todos os seus inimigos de uma vez. A aventura é considerada a melhor do personagem em todos os tempos.

Com os novos rumos, em 1986 a DC começou a reformulação de seus personagens. Batman foi recriado por Frank Miller; George Pérez deu à Mulher-Maravilha uma nova origem, mais ligada à mitologia greco-romana; Mike Baron mudou radicalmente o estilo do Flash etc. Enquanto isso, o artista britânico radicado no Canadá John Byrne ficou com a tarefa mais ingrata: remodelar o herói mais antigo e mais emblemático da editora.

Conhecido por seu radicalismo, Byrne não deixou por menos. Na minissérie The Man of Steel (publicado aqui na revista em formatinho Super-Homem, da Abril), deu vida a um Superman mais plausível, menos poderoso, com diversas explicações para seus poderes e origens.

Entre as principais mudanças implementadas estavam: o fim de todos os sobreviventes de Krypton, do Superboy e das kryptonitas coloridas; um Clark Kent mais importante que o Superman; o surgimento de um novo Luthor, agora não mais um supervilão obcecado em destruir o Homem de Aço e conquistar o mundo, mas um mega-empresário no estilo de Cidadão Kane; e uma nova Lois Lane, mais preocupada com suas matérias para o Planeta Diário do que em descobrir a identidade secreta do herói. Além disso, nessa nova versão os pais adotivos de Clark Kent não morreram e estão presentes na sua vida, para ajudá-lo e aconselhá-lo.

Nessa nova fase, ainda em 1986, o Superman encontra a nova versão do Bizarro (sua duplicata imperfeita), aprende sobre sua origem kryptoniana e define seu relacionamento com o Batman. Agora, eles possuíam formas diametralmente diferentes de combater o crime; não eram mais amigos, mas nutriam um respeito profundo mútuo.

Enquanto as primeiras histórias pós-Crise iam sendo contadas, notava-se que John Byrne tinha uma missão: ser inovador e diferente de tudo feito antes, mesmo que isso implicasse em modificar o personagem. Assim, em outubro de 1988, na sua última história como escritor, Byrne fez o Homem de Aço matar pela primeira vez em 50 anos.

O Superman se torna júri, juiz e carrasco de três kryptonianos liderados pelo General Zod. Muitos fãs de longa data se sentiram traídos ao ver seu ídolo maculado e as vendas caíram drasticamente.

Na tentativa de reverter o quadro, dois anos depois, o editor Mike Carlin decide mexer com a eterna namorada do Superman. Lois Lane é pedida em casamento por Clark Kent e aceita sem saber ainda que ele era o herói – o que ocorreria após dois meses. A manobra surtiu efeito, as vendas subiram, mas nada comparado com o que viria a seguir...

Em 1992, durante uma das reuniões entre Mike Carlin e seus artistas e escritores, alguém sugere, brincando, matar o personagem. O editor gosta da idéia e encarrega seu time de desenvolver a trama. Liderado por Dan Jurgens, o grupo cria o vilão Apocalypse (Doomsday, no original), uma máquina de matar que destrói tudo que vê pela frente.

A mídia especializada, especialmente a Wizard americana, abraça a idéia e o burburinho se torna enorme. Nos meses que precedem a história, a morte do Superman passa a ser o assunto do momento, sendo discutido por apresentadores de TV e pessoas que nunca leram um gibi.

Quando a revista Superman 75 chega ao mercado, a procura é tão grande, que esgota seis tiragens, totalizando mais de quatro milhões de exemplares. Obviamente, a morte não seria definitiva. E seis meses depois, o Homem de Aço volta, mas não antes de a DC lançar quatro Supermen: um afro-americano, um adolescente, um ciborgue e outro alienígena.

Em 1993, essa versão pós-Crise foi adaptada para a TV em As Novas Aventuras do Superman. Tentando atrair também o público feminino, a série fica no ar por quatro anos e, em outubro de 1996, exibe o casamento do casal de repórteres, na mesma semana em que a revista The Wedding of Superman (O Casamento do Super-Homem, Abril) chega às bancas americanas.

No mesmo ano, a DC Comics lança a minissérie O Reino do Amanhã, escrita por Mark Waid e pintada por Alex Ross, que mostra o futuro do Homem de Aço. A história narra o retorno dos super-heróis mais velhos para lutar com uma geração de jovens combatentes do crime violentos e inconseqüentes.

Esse resgate nostálgico dos personagens clássicas firma-se como uma tendência no final dos anos 90 e início do novo século. Tanto que, em 2001, a Warner Bros. lança a série de TV Smallville, focada na adolescência do Homem de Aço e que retoma dezenas de elementos dos quadrinhos do Superboy pré-Crise, como o fato de Lex Luthor e Clark Kent terem sido amigos na juventude.

O sucesso foi imediato e duradouro. Tanto que começou a influenciar as HQs. Por isso, em 2003, a DC Comics reformulou de novo a origem do Superman, acrescentando os elementos de Smallville, na minissérie Superman – O Legado das Estrelas escrita por Mark Waid e desenhada por Leinil Francis Yu. A obra mistura todas as origens do herói. Alguns fãs gostaram, outros odiaram, afinal, a confusão para os leitores foi grande.

Para completar esse retorno ao universo pré-Crise, em 2005, a DC Comics lançou a megassérie Infinite Crisis (sairá este ano no Brasil pela Panini), comemorando o 20º aniversário de Crise nas Infinitas Terras. E a história trará uma enorme surpresa para os fãs da velha guarda do Superman.

Perto de completar 70 anos, o Superman – seja nos quadrinhos, nos desenhos animados ou no cinema – segue como um verdadeiro ícone da cultura pop mundial. A luta sem fim pela verdade, justiça e o american-way continua...


Dez grandes artistas do Super

Desde 1938, o Superman foi retratado por centenas de bons desenhistas. Confira dez dos maiorais em todos os tempos. A ordem do ranking? Que cada um faça a sua!




Joe Shuster

Com um traço simples, mas poderoso, concebeu visualmente o Superman, dando início à Era de Ouro dos quadrinhos de super-heróis.



Wayne Boring

Maior e melhor! Boring deu mais força física ao herói, transformando-o num verdadeiro Homem de Aço. Seu traço era mais rebuscado.



Curt Swan

O desenhista definitivo do Homem de Aço. Passou mais de 35 anos fazendo o herói, praticamente sem mudar uma linha do seu traço.



Neal Adams

Maior capista do Superman, dono de um traço anatomicamente perfeito, tornou o personagem verossímil.



Jack Kirby

Quando o Rei chegou à DC, em 1970, deu nova vida às HQs do Superman, criando Darkseid, os Novos Deuses e o conceito do Quarto Mundo.



José Luis García-López

Sucessor natural de Swan e Adams, a partir dos anos 70 foi responsável por toda arte para merchandising do Superman e do Universo DC.



John Byrne

Reformulou o personagem, recriando suas origens e remetendo-o de volta ao original de Siegel e Shuster, sempre com um traço marcante.



Dan Jurgens

Nos anos 90, Jurgens foi o responsável pela morte da Superman, pela saga do Superman Elétrico e pelo casamento do herói.



Alex Ross

Pintor hiper-realista, Ross, no final dos anos 90, fez um Superman tão realista que o personagem parecia estar vivo.



Jim Lee

Aclamado pelos fãs de quadrinhos, levou a revista mensal do Superman novamente ao topo das vendas no mercado norte-americano.


Muito além das páginas

Em tantos anos de combate ao crime, o Homem de Aço alçou vôos que o tiraram das páginas dos gibis e o levaram a várias outras mídias, como você confere abaixo.

Ano

Original

Descrição

Versão Brasileira

1940 a 1951

The Adventures of Superman

Série de rádio produzida pela Mutual/ABC/Columbia

1941 a 1942

Superman

 

Série animada de cinema produzida por Max Fleischer

Super-Homem

1948

Superman

Seriado de cinema produzido pela Columbia Pictures

Super-Homem

1950

Superman vs. Krypto-Man

Seriado de cinema produzido pela Columbia Pictures

O Homem-Atômico contra o Super-Homem

1951

Superman and the Mole Men

Longa-Metragem

Super-Homem e os Homens-Toupeiras

1953 a 1957

The Adventures of Superman

Série de TV

As Aventuras do Super-Homem

1966

It's a Bird, It's a Plane, It's Superman

Musical na Broadway

1966

The New Adventures of Superman

Série animada de TV produzida pela Filmation

As Novas Aventuras do Super-Homem

1973 a 1986

Super-Friends

Série animada de TV produzida pela Hanna-Barbera

Super-Amigos

1978

Superman: The Movie

Longa-Metragem

Superman: O Filme

1980

Superman II

Longa-Metragem

Superman II: A Aventura Continua

1983

Superman III

Longa-Metragem

Superman III

1987

Superman IV: The Quest for Peace

Longa-Metragem

Superman IV: Em Busca da Paz

1988

Superman

Série animada de TV produzida pela Ruby-Spears

Super-Homem

1988 a 1992

Superboy

Seriado de TV

Superboy

1993 a 1996

Lois & Clark: The New Adventures of Superman

Seriado de TV

As Novas Aventuras do Superman

1996 a 2000

Superman: The Animated Series

Série animada de TV produzida por Bruce Timm

Superman: A Série Animada

A partir de 2001

Smallville

Seriado de TV

Smallville: As Aventuras do Superboy

A partir de 2001

Justice League

Série animada de TV produzida por Bruce Timm

Liga da Justiça

A partir de 2005

Krypto the Superdog

Série animada de TV produzida pela Warner Bros.

Krypto, o Supercão

2006

Superman Returns

Longa-Metragem

Superman: O Retorno

Fabio Alexandre Rocha Marques é um dos mais ardorosos fãs brasileiros do Homem do Aço, mas como seus cabelos estão indo embora, está mais parecido com Lex Luthor. Sorte dele que já achou sua "Miriam Lane". 


Ensaio publicado originalmente na revista Wizard Brasil #31 pela Panini Comics Brasil editada por Sidney Gusman em abril de 2006.